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Relâmpago de Sol – PE – Ô de dentro, Ô de fora! Um Reisado a São João.
A Quadrilha bebe da manancial dos Reisados, da inconstância e da recorrência que essa celebração oferece, criando um paralelo com o junino, através da sanfona, fitas, espadas, espelhos, rainha e reis, fazendo uma grande sarau para São João, Xangô Menino.
É muito interessante ver a forma porquê a Relâmpago intruduz seu espetáculo, a estrela guia, a saudação ao público, o teatro e ingressão no arraial.
É simples, que se pode deixar de exaltar o qualidade do brincante que faz a Estrela Guia. Óptimo.
Passada toda o “prólogo” a quadrilha brilha no arraial, é muito lindo de ver as evoluções coreográficas, unindo passos extremamente tradicionais, com um repertório impecável.
E é na coreografia que se vê a assinatura tão clarividente da Relâmpago, que é bom de ver milénio vezes, que é incomparável e única.
Sempre custinho falar da primazia dos textos dos espetáculos da quadrilha, porquê tem sempre uma fala atual, “sacarstica” e engraçada. De “vestido de toalha de mesa” em 2024, para, “E eu? Que sou filha de Alana?”. Porém é nessa primazia que eu vejo que há também a lacuna, poderia ser no texto que o espetáculo trouxesse ela relação mais clara, explicada, da relação do Reisado com o São João.
O parelha de noivos só melhora a cada ano, terceiro São João juntos e parece que estão dançando por décadas. Impecáveis, nota 10.
Apesar de encontrar ótima e teoria da estrela que anuncia ser o Padre que celebra, seria no conúbio uma ótima oportunidade de trazer essa relação com reisado, poderia ter vindo no texto. O conúbio é rápido demais.
E simples, não há porquê não aplaudir de pé o marcador. Porquê é bom vê-lo no arraial, porquê parece ser tudo muito fácil e simples. Um verdadeiro maestro.
E sim, não há aquele que não tenha se emocionado minimamente vendo a Relâmpago Mirim no arraial. E a valimento e o valor disso para a perpetuidade do movimento junino. É único.
Ô de dentro, ô de fora, ô da arquibancada, ô da mesa de jurados, ô quadrilheiros do Brasil inteiro, é preciso aplaudir a coragem e qualidade da Relâmpago de Sol. É para poucos!
