Arraiaá da Praia – RN – (Forrobodó).
A junina apresenta ao São João um espetáculo festivo, celebrativo, que tem porquê tecido de fundo uma mansão de sarau chamada Forrobodó.
A junina passa muito pela música, é ela a grande estrela do espetáculo, isso se percebe claramente no início do espetáculo.
A ingressão no arraial é formosa, poderia ser mais possante, principalmente porque secção da junina fica escondida detrás dos destaques que estão no enfeite. Seria interessante trazer toda a junina para frente do “palco”, que é exatamente onde fica o público nas casas de festas, no caso a Forrobodó.
A junina não tem texto, tudo é direcionado pelo marcador, essa escassez de texto deixa o espetáculo muito simples. Sem enredo, sem história.
Coreograficamente a junina é ótima, tem boas evoluções, bons desenhos em quadra, muita animação, simetria, finalizações, alinhamento, tudo no seu devido lugar. Parabéns.
O matrimónio é extremamente simples. A falta de texto potencializa ainda mais essa simplicidade. Embora o par de noivos seja magnífico, joviais, conectados, alegres, mas, de indumento, falta uma história melhor para eles.
A Rainha faz uma homenagem a Eliane, a rainha do forró, uma ótima teoria, no entanto, a junina erra ao mudar a letra da Eliana na apresentação e também por não por o nome dela no enfeite, e sim a da Rainha. Paladar do solo, muito possante e referto de gestos semelhantes ao da Eliane.
O marcador acumula inúmeras funções, marcador, narrador, cantor. Mas sendo marcador a principal função e quesito de julgamento, é justo que ele priorize essa função.
No mais, Forrobodó usa da música pra fazer um contente e jocoso espetáculo junino, poderia ser um espetáculo mais robusto, é notório que o elenco é bom o suficiente para isso.
Mas é sarau. É a celebração da volta ao São João, logo abram as portas da mansão de sarau para festejar, eu também tô indo.
