Êta São João – AL – (Mundaú Mundo). A junina apresenta um romance em torno das …

Êta São João – AL – (Mundaú Mundo).

A junina apresenta um romance em torno das tradições e costumes do Patrimônio intáctil de Alagoas: o Sururu.

O espetáculo comeca com o marcador direcionando o público para o espetáculo. Não é um tanto incorrecto, longe disso, mas é muito mais congruente quando próprio desenvolvimento do espetáculo conta sua história.

A presença da Rainha no inicia do espetáculo, já demonstra a intensidade do personagem a força do texto e magia em torno da lagoa. Supimpa.

A quadrilha apresenta-se de trajo no arraial depois uma passagem de tempo, a coreografia inicial é incrível e trás toda a ancestralidade do povo que vive nos entornos da Lagoa Mundaú catando sururu. Muito bom.

O texto a seguir, é introdutório ao matrimónio, é simples, fundamental, mas é correto, pontual.

Coreograficamente a junina é óptimo, apesar de não ser tão numerosa, consegue preencher muito o arraial, faz bons desenhos, boas evoluções. Mas tem serios problemas de alinhamento. Além do uso em exesso de adereços de mão.

O matrimónio é muito simples, porém os noivos são incríveis, enérgicos, fortes, vigorosos, tem uma óptimo sintonia. Nota 10. Tem um porvir promissor pela frente.

O marcador também é óptimo, sabe dosar as falas, conduzir a quadrilha, usa o microfone na medida certa e está sempre muito muito posicionado.

O espetáculo gira em torno da Rainha, que surge finalmente no seu personagem principal, a Orixá Nanã. Totalmente interligado a temática do espetáculo, fugurino, cores, músicas, atuação. Supimpa. Nota 10.

Penso que a música Mexe a Cabeça de Ivete Sangalo, destoa completamente do setentrião do espetáculo.

É um bom espetáculo, poderia ser mais profundo e potente. Mas deixa uma óptimo mensagem.

Mundaú Mundo finalmente foi pro mundo, a Éta São João, estreou de trajo e recta no São João e em 2024 passa a fazer secção do grupo peculiar das quadrilhas de Alagoas.

Libido sucesso e vida longa!

criado por jurado junino