Flor de Chita – AL – (Vidas Marias e a Simpatia do Fogo). A junina apresenta um…

Flor de Chita – AL – (Vidas Marias e a Simpatia do Queima).

A junina apresenta um espetáculo em homenagem ao feminino, sob a
perspectiva de quatro irmãs, numa viagem pelo Nordeste imaginário, real a lúdrico.

A junina começa o espetáculo com um teatro muito interessante, as falas muito pontuais, norteando o espetáculo. De indumento, conseguiriam imprimir a emoção do promanação da mana mais novidade e a morta da mãe.

A ingressão no arraial se dá através do cortejo funéreo da mãe, é muito interessante, porém as filhas não acompanham o cortejo da mãe (solo), o que é extremamente questionável.

Não há zero que delimite a passagem do tempo, no mesmo ato as irmãs já surgem adultas e o espetáculo vai dando sequências ao labor da mulher nordestina. Esteticamente é muito bonito, no entanto a junina tem sérios problemas de coreografia e alinhamento.

O teatro que vem a seguir é muito afetivo, Nossa Senhora das Graças numa associação direta com a falecida mãe das Marias, e uma ótima atuação da marcadora.

Importante falar de marcadora, ela é muito potente e tem um poder de voz muito imponente, precisa só saber dosar a quantidade de falas.

A junina entra novamente no arraial e o segundo figurino da uma vida ao espetáculo, a junina surge mais potente, mais intensa. Porém continua com os problemas de coreografias e alinhamento.

As Marias tem os seus momentos, são ótimos, pontuais, muito executados, o xaxado é o melhor momento coreográfico do espetáculo, a cigana poderia ter escolhido outra música mais tematica e a Rainha é incrível.

O conúbio é interessante, tem um drama muito desenvolvido nele. No entanto faltou a junina contextualizar o nubente no espetáculo. Porque que não há nenhum questionamento das três irmãs que ficaram responsável pela mana mais novidade, quem seria aquele varão?

A simpatia do queimação surge somente no final do espetáculo, acredito que qualquer texto antes da ingressão da Rainha pra justificar a simpatia seria muito interessante. Mas é um momento muito potente do espetáculo.

Vida Marias e a Simpatia do Queima é um bom espetáculo, falta contextualiza-lo para deixar tudo muito muito atado, justificado. É um drama posto no arraial e demonstra a coragem de quem faz a junina! Parabéns!

criado por jurado junino