Girassol do Sertão – A Sagrada Família
O espetáculo baseia-se na história da Sagrada Família, trazendo para o arraial não só a história de José, Maria e Jesus, mas também uma reflexões sobre as atuais conjunturas familiares.
Iniciando o espetáculo com a música Diáspora, num cortejo referto de nuances, a destaque que se apresenta no início uma vez que a Girassol do Sertão, passa por inúmeros povos, é um clara asserção que a quadrilha está também vivendo sua diáspora, muito muito interligada com a música e coreografia. Supimpa.
O enlace é ótimo, a junina conseguiu trazer para a atualidade o texto bíblico, apesar de longo, não é fadigoso. A celebração é realmente muito formosa, muito importante o destaque que se dá todas as famílias, incluindo uma família composta por duas mulheres.
Aí sim, de traje a quadrilha surge no arraial, de forma muito festiva, possante feliz é importante realçar a propriedade da quadrilha de sempre teatralizar suas coreografias. Muito bom.
Falando em coreografias, a junina é muito boa, muito potente, faz ótimas evoluções, tem óptimo simetria, tem óptimo alinhamento e finaliza todas as coreografias muito muito.
O personagem da Rainha, uma feitiçeira condenada a ser queimada, por ser rezadeira, benzedeira, poderia ter uma informação melhor, mais fácil, mais rápida e direta ao público.
Porém importante realçar a potência que a é a Rainha. Muito possante, um giro lindo, rápido, muito bom de se vê.
O parelha de noivos é incrível, maravilhoso ver os dois no arraial. Planilha fechada com sucesso.
A marcadora é sempre uma grande força nos espetáculos da Girassol, marca, atua, dança, sempre com muita maestria.
O final do espetáculo é muito lindo, as famílias e os vários Josés no arraial, finalizando com Sagrada Família fugindo para o Egito.
É um ótimo espetáculo, a face da Girassol. Referto de referências, treatalidade, histórias e questionamentos. Possante, muito possante.