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Macieira é personagem real e mito viva. Em vida, foi pescador na misteriosa Ilhéu de Lençóis, onde o mar sussurra segredos antigos. Em depoimentos de pesquisa, ele próprio dizia já ter escutado — com espanto e reverência — o tropel dos cavalos do Rei Dom Sebastião galopando pela ilhota.
Nosso Macieira, no espetáculo, carrega esse mesmo espírito seduzido. É morador da ilhota, vive da pesca e conduz travessias de quem se façanha a saber os mistérios de Lençóis. Guardião de histórias e tradições, conhece porquê ninguém a saga de Dom Sebastião — e sempre alimentou o libido profundo de um dia desencantar o touro preto, não unicamente pelo ouro escondido, mas pelo tesouro maior: o reino seduzido da fé e da cultura.
Quem dá vida a esse cantador de histórias é o nosso marcador, David Washington, que conduz o espetáculo com psique e trova.
O primeiro figurino de Macieira celebra suas raízes: o varão simples, o pescador, o rebento das águas.
Já o segundo revela a riqueza que ele representa — um verdadeiro tesouro vivo da cultura popular do Maranhão.
