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Eu cantei para Virgulino, Sabino e Volta Seca.
Mas foi Maria, a Formosa, quem mais me enfeitiçou.
Sussurrei entre lágrimas, perguntando ao vento qual seria o meu espetáculo de 2026.
Eu estava vazio, sem labareda… até que uma faca caiu aos meus pés e doeu, porquê se acordasse um tanto letargo.
Foi portanto que a arte me possuiu e sangrou minha psique. Fria, intensa, porquê psique penada que arrepia pele e sorte.
Sim, meu silêncio tem sido assombro. Mas meu peito ainda pulsa poderoso pela contação de “O Cão Chupando Manga”.
E por isso eu clamo:
Que o sorte me entregue a epístola de ouro.
Que a cigana leia minha sina sob a luz viradela da lua. E que o parabelo mire e acerte aquilo que precisa ser tocado.
Porque eu sou TRANSFIGURAÇÃO,
e leste espetáculo tem o poder de ser CARNAL, vivo, feito de pele, susto e trova.
Sangra minha psique!
Texto Rone Lopes
(recorte ajustado para espetáculo 2026)

