Quadrilha Lumiar – PI – Arabesco, o C’Ouro Nordestino.
A Junina apresenta um espetáculo em torno da origem do Arabesco, da prestígio dele para o povo Nordestino e do povo Arábico. Colocando os arabescos bordados nas vestimentas de pele dos nordestino porquê uma verdadeira joia, de ouro.
O espetáculo começa com uma família de orientais chegando ao portal do sol, uma referência clara a Ponta do Seixas no estado da Paraíba, considerado o ponto mais oriental das Américas. Incrível essa ponte feita no espetáculo, supimpa.
Interessante que a quadrilha dança bastante, num ritmo cumeeira e referto de potência, até chegar no primeiro teatro. É nesse teatro que se desenvolve todo o contexto do entre o gibão e os arabescos com a cultura sarraceno.
Coreograficamente a quadrilha é muito boa, potente, vibrante, dança com um bpm muito cumeeira e ainda sim não perde a força em momento qualquer.
A presença do par de cangaçeiros gera um momento muito possante, visto a qualidade do par, no entanto a relação com o espetáculo, eles representam a força do povo nordestino, (porquê fala o marcador), alguma coisa que já está sendo pontuado desde a exórdio do espetáculo.
Ainda sim, quando o Pai da prometida entrega a Estrela de Oito Pontas, que serve de talismã para o cangaceiro varão, a cangaceira não recebe.
Uma ótima opção para esse ponto seria trazer a rainha no contexto dos cangaçeiros (força do povo nordestino) e a ela ser entregue a estrela. Ou até mesmo ela ser a estrela, visto que o espetáculo apresenta duas culturas, e não há nenhuma música que remeta a vida/cultura/religião da prometida e sua família.
É onde entra outro ponto questionável, a prometida, oriental, islâmica, vivenda numa celebração católica, sem nenhuma justificativa para isso.
No entanto o par de noivos é supimpa, muito muito vê-los no arraial.
Inteligentessima a troca de roupa feita no arraial, de forma ligeiro, tranquila, e o figurino cromatizado é um primor.
É um espetáculo pontente, vibrante, deixa alagumas lacunas abertas, mas é verosímil ver que a teoria medial é muito boa.
Vale muito aprender sobre alguma coisa que usamos de forma demasiada no São João, os Arabescos.