Flor de Chita – AL – (É Proibido, Proibir, um Brasil Tropical). A junina aprese…

Flor de Chita – AL – (É Proibido, Proibir, um Brasil Tropical).

A junina apresenta ao São João um espetáculo politizado, dos horrores vividos na ditadura militar, passando pelo Tropicalimos e pelos grandes artistas da estação.

A ingressão no arraial é muito possante, já enfatiza e deixa simples que a junina vem gerar um impacto no público durante o espetáculo.

É muito interessante a forma com que o tema é costurado, a junina introduz todo o espetáculo através das músicas, são quase 10 minutos iniciais dançando sem parar, em seguida isso que entra o primeiro texto.

E é aí que a junina peca, com uma temática tão possante, com histórias tão profundas e músicas tão emblemáticas, o texto inicial é raso, tolo, colegial. Poderia ser mais profundo, mais temático, mais impactante, assim porquê o espetáculo.

Coreograficamente a junina é muito boa, tem excelentes evoluções, todas muito pertinentes com o tema, faz bons desenhos em quadra é extremamente animada e erra muito pouco nesse quesito. No entanto, com músicas em tom de protesto, é extremamente necessário que a junina cante a plenos pulmões todos as músicas.

Ponto cimeira pros destaques, eles dão um setentrião e um cintilação ao espetáculo, uma feliz escolha para o desenrolar da temática. Principalmente na teoria do consórcio ser festejado por um militar.

A Rainha é linda, graciosa, tem a face da quadrilha, é uma ótima dançarina, mas no seu solo principal, percebe-se que não há uma coreografia pronta, é notória o improviso dela a cada apresentação.

O marcardor é óptimo, é um ponto fora da curva, anima, conduz, orienta, dança. Uma grata surpresa.

O parelha de noivos cumpre com sua função, ainda há algumas coisas a serem ajustadas, mas é bom de vê-los dançando. O solo é simples, poderia ser mais possante e mais visceral, já que a temática pede isso.

É um espetáculo feliz, sarapintado, feliz, entrega protesto, afirma sua posição na sociedade e faz um grande São João.
E simples, sempre, eternamente: #elenao

criado por jurado junino