Junina Capelinha – BA – Noite da Encantaria Inspirado na lenda de Dom Sebastião…

Junina Capelinha – BA – Noite da Encantaria

Inspirado na mito de Dom Sebastião, Rei de Portugal, perdido em guerra, o espetáculo mergulha nos universos das lendas, das tradições afros-brasileiras e do sincretismo religioso do Maranhão.

A Guerra de Alcácer-Quibir, inicia o espetáculo e introduz a temática, explica exatamente o porque do surgimento da mito de Dom Sebastião.

Em seguida a quadrilha invande o arraial, o efeito visual que as saias das damas dão ao ato é supimpa. É interessante ver uma vez que a quadrilha soube fazer essa transição de forma inteligente para já surgir no estado do Maranhão.

Todo o teatro é em forma de músico, ele é muito muito executado, escrito e dirigido. No entanto, para um tema que não é tão popular, talvez, o teatro falado, teria sido uma escolha mais fácil de ser entendida pelo público.

É louvável, que durante todo o espetáculo, a quadrilha não deixa o arraial, dança todo o tempo, com muitas evoluções, raramente no quadrilátero. No entanto, é muito visível os problemas de alinhamento e alguns erros de execuções.

Alguns ritmos maranhenses (cacuriá, tambor de mina) fizeram falta e enriqueceriam ainda mais a temática.

Interessante a forma que a quadrilha escolheu para dar vida ao Dom Sebastião. Acredito que grupo mais fechado, próximo a grinalda, chapéus de fita e o uso das saias das damas seria uma opção que traria mais identidade, estética e seria um momento vértice do espetáculo.

Destaque do espetáculo, vai para o nubente. Uma grande atuação, exímio dançarino, é muito notório o quanto ele vive intensamente a apresentação. O par é supimpa, muito bom de vê-los juntos, o início da coreografia junto com os casais, não os coloca em ênfase, o branco das saias das damas, ofuscam o par.

O marcador é sempre incrível, marca, canta, atua, dança, comunica com o público. Porquê é bom vê-lo no arraial.

A Rainha e a mulher da inconstância, executam muito suas funções no espetáculo, ajudam a costurar a história, penso que o solo da Rainha poderia ser mais robusto, mais intenso.

Por término, o espetáculo é realmente uma grande lição, trouxe história, trouxe sarau.

Que sorte a nossa ter a Capelinha de volta!

criado por jurado junino