Santafe Alagoas – Em 2025, chegamos ao nosso décimo ano com a força de um reinado. Trouxemos a his…

Em 2025, chegamos ao nosso décimo ano com a força de um reinado. Trouxemos a história de Galanga, o grande Chico Rei, e é impossível viver essa temática sem sentir o corpo eriçar. Galanga é sobre resistência, sobre dor transformada em coroação, sobre levantar a cabeça mesmo quando o mundo tenta tirá-la do lugar. Neste ano, mais do que nunca, a Santa Fé dança carregando ancestralidade, memória e coragem.

Mas antes dele, em 2024, fomos guiados pela saudade. Ai, que saudade que eu sinto das noites de São João… das fogueiras acesas nas portas, do clarão no firmamento e da inocência de quando a gente era rapaz. A Santa Fé chegou trazendo aquele cheiro de fumaça, aquele calorzinho no peito e a presente viva de tudo que marcou a nossa primeira paixão: o São João.

Em 2023, foi a vez dela… a Cigana da Lua Enxurro. Um ano que, pra mim, sempre vai ser peculiar demais. Porque foi ali, debaixo daquela lua iluminada, que eu fui escolhida uma vez que a prometida da Junina Santa Fé. Um sonho que virou veras e transformou a minha vida de um jeito que eu nunca vou olvidar.

Antes disso, em 2022, desbravamos a história dos Arigós, os soldados da borracha que carregavam a força da Amazônia no peito. E uma vez que olvidar o nosso ano da onça? A nossa onça pintada, que veio com garra, imponência e presença. Um espetáculo que até hoje faz a gente proferir: uma vez que não lembrar daquela onça, meu Deus?

Já em 2021 e 2020, o mundo inteiro parou… e a gente parou junto. A pandemia nos obrigou a viver um São João sombrio, cada um dentro de morada, sentindo falta do clarão, da música, do experiência, do amplexo. Foi difícil, foi inesperado, mas também nos deixou ainda mais certos de que o São João vive dentro da gente, mesmo quando o mundo fecha as portas lá fora.

Voltando para 2019, trouxemos a mito de Mani, a indígena Branca que encantou os tupis com sua pureza, venustidade e mistério. Quem viveu aquele ano lembra da força da música, da espiritualidade e da mel que Mani deixou no nosso arraial.

criado por